terceiro capitulo

-vai demorar muito?-perguntou alice sentada a uma ponta da cadeira ao lado de tiago
-acho que nao.nao sei-disse sem a fita-la nos olhos
-nao me contou o que aquela gente queria la em casa ontem.
-nao precisa.me prometa uma coisa...
-o que?
-que vai atras de quem fez isso com ela.
Houve um silencio
-voce sempre disse que nunca me importei com a karem mas sempre estive do lado dela quando voce nao podia estar.nunca foi minha intençao substituir o liu.
-eu acho que entendeu tudo errado tiago
-eu acho que perdeu alguns principios da vida,como confiança
-ta dizendo que nao te amo?
-se duvida de mim,nao me ama
-minha filha esta morta,sabe deus o que aconteceu...e voce vem querer discutir a relaçao aqui?me poupe.-disse levantando
-nao se preocupe que eu ja esvaziei as gavetas,a minha parte no seu armario.eu to indo pra mashville.
-voce esta me largando?
-eu acho que vai ter com o que se ocupar pra ser sincero
-eu nao entendo...uma coisa nao tem nada haver com a outra
-pra voce.
-por que nao olha nos meus olhos?
-nao...so siga sua vida ta?-falou se levantando
Ela o puxou pelo braço
-o que eu fiz de errado?
-nao é voce,juro.as cirscunstancias nos levaram a...
-nao temos nem um ano juntos e...
-eu so quero um tempo,ta bom?uma semana talvez,duas no maximo.
-vai me largar sozinha na hora em que mais preciso de voce?
-voce é forte,mais do que imagina.
ele a beijou na testa e alice começou a chorar.
-eu tambem te amo...mas vamos deixar as coisas esfriarem por aqui.
Tiago a deu um abraço e logo a soltou.
Deu as costas e saiu sem falar mais nada.
Alice se sentou na cadeira do necroterio.
Seu choro quebrava o silencio profundo e melancolico do lugar.
Levou as maos a cabeça,apoiou os cotovelos nas pernas e desabou em choro.
Uma porta se abriu,um barulho bem auditivel.
Apesar dos corredores serem amplos e nem tao bem iluminados,alice limpou as lagrimas e se levantou.Passadas rapidas estavam a caminho.
-Alice?!-indagou um homem negro
-o que...faz aqui?-interrogou ela
-por favor me acompanhe.
-nao.eu nao dei permissao a voces invadirem minha vida.que historia foi essa de irem na minha casa?
-sua filha parte da nossa pesquisa
-do que estao falando?
-me acompanhe.
Ela o fez.
O homem negro e alto,imponente e ate muito sincero,caminhava a passos largos em silencio.
passaram por varias portas,confundidas entre a má iluminação do ambiente e o silencio do local.
-chagmos-disse parando na frente de uma delas e a abrindo
Alice entrou desconfiada e percebera estar em laboratorio.Luzes bem forte,tudo bem limpo,e um homem de idade a sua frente.Aparentava seus 70 e poucos anos.Usava oculos miudinho e estava com um jaleco branco.
-Dr.cooper...esta é a senhorita alice ,de quem falei.-apresentou richard
Ele fez um aceno com a cabeça e alice se sentou a sua frente.
-Dr.cooper é o medico legista responsavel pela pericia no corpo de sua filha.-explicou o homem negro se escorando a uma parede de canto ,um pouco longe da mesa
-..O que houve com ela?
O homem puxou uma pasta com um laudo medico digitado no computador algumas fotos.
-Nunca vi isso na minha vida..-exclamou sem se conter-nao entendo como pode ser possivel...alguem perder o cerebro e os olhos sem nenhuma perfuração aparente.
Alice leu o laudo em silencio enquanto o medico dizia o que achava ser.
-Ainda que ela esteja morta,...-disse fechando a pasta e a empurrando com delicadeza para o medico-como me explica uma garotinha de 3 anos sair de casa com as portas e janelas trancadas,com os pais dentro de casa?
-tem sido assim nos ultimos 12 anos-resmungou richard-fenomenos inacreditaveis
-entao me diga voce,por que ela?-se irritou alice
-eu nao sei o por que,mas esta acontecendo de novo e nao vai parar ate que o peguemos
-como vao pegar algo que nem sabem o que é?
-precisamos de voce-disse richard se aproximando da cadeira dela e se agaichando-sabemos que é boa nisso
-fui agente federal,nao espiã.
-o governo incluiu todos os casos como "numero 9".uma coisa padrão que eles usam para se comunicar entre eles.qualquer tipo de morte misteriosa,acabou fazendo parte do nosso processo.
-e o que quer que eu faça?
-o governo nao liga,nao dá a minima pra sua filha,e pra filha dele,e de outras pessoas.nao podemos ficar sentados esperando que alguem venha nos ajudar.nao é por que nao o vemos,que rotularemos como algo que nao existe.existe,e esta causando mais estragos do que imaginavamos.
-se quer minha ajuda preciso ter acesso ao laudo padrão de voces sobre o caso.toda e qualquer base implementar de investigação.
-mandaremos uma copia para voce.
-sem nomes,sem faces,fica dificil...
-nao acreditaria se contassemos.
-deveria?
houve um silencio
o medico legista se levantou tranquilamente e abriu a porta sem avisar para onde ia e quando retornaria.
-antes das crianças morrerem os pais comentaram que recebiam ligações.existiam outros sinais,como vultos,vozes pela casa,...coisas desse tipo.levamos tudo em consideração.
-esta me dizendo que estamos diante de um caso sem precedentes.
-nao é humano.
-como quer que...
-eu nao sei.mas nao é humano.
-por que nao me avisou antes?
-voce nao acharia ser possivel
-e nao é.como pode me dizer que algo fora dos padroes,matou mais de 300 crianças arrancando cerebros e olhos?qual a finalidade?
-se quiser saber,...ajudaria muito para nos.
-nao sou paranormal.esta falando com a pessoa errada.
-nao viu nada anormal na noite do falescimento de sua filha?
-defina anormal?
-fora do comum
Alice ficou em silencio puxando pela memoria qualquer possibilidade remota de aquilo nao estar acontecendo.
-acho que nao...
-pense bem.
-teve uma ligação mas nao é nada fora do comum
-so?
Ela abaixou a cabeça e fitou seus pés.
-oi...é voce?-disse tiaga a recepcionando
-quem mais poderia ser?
-ainda a pouco tocaram a campainha e nao era ninguem.
ela piscou os olhos e fitou o rostou de richard sem expressao alguma.
-se tiver acontecido algo,o que quer dizer?
-vamos atras.
-o que isso quer de nos?de mim?
-gostaria poder responder mas...
-eu nao vejo como posso ajudar
-confie em nos.
Alice se levantou da cadeira.
-é muita coisa pra minha cabeça.-disse dando as costas e abrindo a porta
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-Voce nao ligou mais-comentava uma voz alegre ao telefone
Alice dirigia com o celular no viva voz dentro do carro
-nao se preocupe-falou parando o carro ao ver o sinal vermelho-estamos todos bem dio
-eu preciso desligar ali,a mas esta chorando.falo com voce mais arde.
Alice desligou a chamada e sorriu.
Deu a partida no veiculo.Era tarde.
Arrumou o espelho retrovisor e seus olhos foram de encontro a uma criança loira no banco de tras.Olhos castanhos..
parou o carro bruscamente.
Com o solavanco ,virara de imediato o pescoço para tras e nao havia nada ali.
Saira do carro e abrira a porta de tras.Era karem.
Estava ali,ela havia a visto.
Fechou a porta e se escorrou no carro.puxou o telefone e discou um numero.
-oi...?
-eu a vi tiago.-comentou assustada peo telefone
-alice?tudo bem?
-eu vi nossa filha.
-calma.como assim...voce viu nossa filha?
-eu tava no carro e ai de repente eu virei o espelho retrovisor e vi ela sentada...-disse começando a chorar-era ela
-nao alice nao era.olha voce nao ta bem,tudo isso nao ta sendo bom pra voce.onde voce esta?
-eu to indo pra casa...nao se preocupa.-disse desligando o telefone.